Estudante com Síndrome de Down é aprovado no vestibular da UFES

Estudante com Síndrome de Down é aprovado no vestibular da UFES
Rodolfo Pinheiro Beraldi, de 24 anos, aprovado no curso de Gemologia, será o primeiro aluno com Síndrome de Down da história da Ufes

Rodolfo Pinheiro Bernardi passou na UFES no curso de Gemologia
Rodolfo Pinheiro Bernardi passou na UFES no curso de Gemologia
Marcelo Prest
A história do estudante Rodolfo Pinheiro Beraldi, de 24 anos, é mais uma entre as de jovens que foram aprovados no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). No entanto, o agora calouro do curso de Gemologia alcançou um feito inédito: Rodolfo será o primeiro aluno com Síndrome de Down da história da Ufes.
A família do estudante é só orgulho e o jovem também comemora com felicidade a aprovação no vestibular. Para alcançar o resultado, Rodolfo estudava cerca de três horas por dia assistindo aulas pela internet. E motivação para ser aprovado não faltou, como revela o próprio aluno. “Era um sonho meu mesmo”, disse.
O jovem faz parte de um grupo muito restrito de estudantes que conseguem realizar esse sonho de serem aprovados no curso que escolheram em uma universidade federal. Agora, Rodolfo diz que a expectativa dele é a mesma que a de muitos outros colegas que também vão ingressar na Ufes. “Fazer novos amigos”, revelou.
A irmã do estudante, Paola Pinheiro Beraldi, diz que a família recebeu a notícia com um misto de surpresa e alegria. Ela espera que o feito do irmão possa inspirar outras pessoas. “É muito bom ver que os sonhos de pessoas com deficiência possam ser realizados. Que essa história seja inspiradora para muitas famílias e de muitas pessoas com deficiência que acham que não podem chegar a realizar seus sonhos”, afirmou.
De acordo com a pró-reitora de Graduação da Ufes, a professora Zenólia Figueiredo, a universidade já está se preparando para receber Rodolfo. O jovem será acompanhado por um bolsista que vai auxiliá-lo para garantir que o estudante tenha boas condições de aprendizado.
A Ufes conta com um Núcleo de Acessibilidade para desenvolver ações voltadas para estudantes com deficiência. Atualmente, a universidade tem em seu corpo discente quatro alunos autistas, 32 com deficiências auditivas e 57 com deficiências físicas, o que também inclui as deficiências visuais.

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